Naquela manhã, no Hospital Central de Maputo, a Alice percebeu que o Artur não estava bem. A quimioterapia parecia ter parado de fazer efeito, e este menino de 2 anos que a "tia Alice" visitava regularmente, não estava como nos outros dias.
De tarde, já no regresso ao Hospital, o telefone tocou ainda dentro do carro! A chamada vinha da Oncologia e a notícia parecia inevitável - o Artur rendeu-se ao cancro e já "não existe mais".
Agora é a vez da Adélia, que precisa de ser encorajada com as palavras e orações da missionária. Adélia, a mãe derrotada, que terá de voltar à provincia de mãos vazias, com a capulana dobrada na saca, já tinha pedido várias vezes que a Alice intercedesse junto da médica para a deixar ir embora para Inhambane, preferindo talvez que o Artur dissesse adeus na sua terra, deitado na esteira que o viu nascer, embalado pelos canticos em dialecto.
Mas não foi assim que aconteceu. O Artur morreu na cidade, e não voltará à aldeia. Os seus ossos juntar-se-ão aos milhares que enchem a "secção do bébés" do esgotadissimo cemitério de Lhanguene.
Na Oncologia, as outras mães sentem pelo Artur, sentem pela Adélia, mas sentem principalmente pelos seus filhos, por acharem que serão as próximas.
Aqui a morte não aparece de surpresa! De surpresa, isso sim, aparece a vida!
Oro para que Deus, continue a trabalhar em ti Licinha. Esse hospital apesar de tudo ganhou uma luz e uma esperança, e isso vem de Deus através de ti, essa é a tua missäo e acredito que muito tem o nosso Deus para ti nesse local deixa que Ele trabalhe nesses meninos e páis através da tua vida. Deus te abençoe.Bjs, Tz
ResponderEliminarCoragem para levar a luz!
ResponderEliminar